domingo, 20 de fevereiro de 2011

Minha poesia que não é minha


"Uma luz azul a se extinguir e renascer com mais intensidade indo em direção ao futuro"
(Jack Kerouac- On The Road)



(para Flá Perez)







"Uma luz azul a se extinguir
e renascer com mais intensidade indo em direção ao futuro"
para ela abro as portas da casa,
as portas da caverna onde ruminei pelas últimas décadas
as ervas de minha próspera ciência

Eu, o galo que subia à torre dos antigos rastejando
para receber sobre a cabeça a crista,
a lua azul de meus irmãos de sangue,
de meus irmãos celestes,
as "Elegias de Duíno"...

Rainer Maria Rilke
vestido com as vestes escarlates do infante Dom Henrique
se punha a rir e a chorar no momento que Artaud descia chapado de estrelas
pelos fios da chuva que imagino agora cair
do outro lado do que nunca vi

Minha poesia que não é minha
pertence ao magma, aos diamantes que são nossos pés

(edu planchêz)

2 comentários: