quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

nas arestas de nossos paus e grelos















Um dente de elefante apontado para o céu
eleva-se no interior de nossas bocas,
por certo busca longínquas estrelas
de elevadas galáxias,
por certo nasceu ali para conversar
com os ídolos da Ilha de Páscoa

Um olho de javali gigante nasce
no centro de nossas barrigas,
por certo para observar
os que caminham no invisível
das dimensões paralelas,
com isso cai por terra
a lei que garante que dois corpos
não ocupam o mesmo lugar no espaço,
que duas gemas não cabem num mesmo ovo

Tudo inocente, nada inocente...
teus seios nos meus seios vivendo a viagem
da volta, do retorno,
do encontro com a super nova...
mundos nada complexos
e complexos nascem nos bicos de nossos seios
no exáto momento que nossas bocas
repletas de línguas se encontram
nos bicos de nossos seios,
nas arestas de nossos paus e grelos

(edu planchêz)

Nenhum comentário:

Postar um comentário