domingo, 13 de março de 2011

FILHOS DA MORTE BURRA


''Jovens sem nenhuma utopia,
"Youngsters without any utopia,
caminham tensos pelas ruas de suas casas velhas,
walking tense by the old houses' street
sem nenhuma luz.
without any light.
Sem nenhuma luz de Fernando Pessoa.
Without any Fernando Pessoa's light
Fechados nas sexuais telas da impotência,
Closed on the sexual screens of impotence
se masturbam contemplando corpos em decomposição.
Touch themselves contemplating decomposing bodies
Morte da minha fé, onde estavam o beija- flor e o arco- íris,
Death of my faith, where were the hummingbird and the rainbow
Na hora do nascimento destas criaturas.
In the birth time of these creatures
Quantas gostas de flor restam pros corredores de céus de vossas bocas,
How many flowers' drops left to the sky corridors of your mouths
Quais noites clamam por vossos nomes.
How many nights call your names
Eu entrando na virtuosa idade, eles entrando em idade nenhuma.
Me entering on the virtuous age, they becoming in no age.
Os filhos da morte burra, cheiram o branco pó da anemia.
The dumb death's sons, smell the white anemia's dust
Esqueceram que um dia tocaram na poesia da transgressão,
Forgot the someday touched the transgression poetry
em pleno ventre se suas esquecidas mães.
In the womb of your forgotten mothers
Esqueceram de colar o ouvido ao chão, para ouvir as ternas batidas do coração das borboletas.
Forgot to stick her ears on the ground, to hear the tender beats of the butterflies' heart.
Os filhos da morte burra, jamais levantam uma folha para conhecer o labor dos insetos.
The dumb death's sons, never raised a leaf to meet the bug's labor.
Jamais erguem taças ao luar, para brindar a vigorosa lua.
Never raise goblets to the moon, to cheer to the vigorous moon
Os filhos da morte burra, desconhecem ou jamais ouviram falar em iluminação.
The dumb death's sons, ignore or never heard about lighting
Apenas abrem a boca para vomitar''
Only open her mouths to throw up"

(edu planchêz)

sábado, 12 de março de 2011

As armadas do mar
















As armadas do mar organismo cobriram o Japão
em nome de algo que está para além da compreensão comum,
assim é a Terra, assim são as profecias de meu mestre
do espírito humano

Continua ventando,
por certo a chuva vinda desse vento
nos penetra,
chega em nossos caminhos viscerais,
atingem a ausência e a abundancia de quase tudo
que acredito nascer
entre as flores lilazes do que está no tempo e fora dele

(edu planchêz)

sexta-feira, 11 de março de 2011

quem não conhece minha arte nada conhece



quem não conhece minha arte nada conhece... nem se quer nasceu,
não passa de um feto que apenas imagina o que deve ser a luz

(edu planchêz)

A aranha da minha inteligência



A aranha da minha inteligencia se alastra pelas areias de todas as praias,
ela te engolirá sem que você perceba, não duvide


(edu planchêz)

domingo, 6 de março de 2011



"Quando tudo falhou
Podemos chicotear os cavalos nos olhos
& faze-los dormir & chorar
(jim morrison)

sábado, 5 de março de 2011

UMA CABEÇA SOBRE MINHA CABEÇA












Uma cabeça sobre minha cabeça que está sobre outra cabeça
para colar, quebrar cabeças, desarmar e armar mundos

Minha cabeça mediúnica se projeta sobre todos os céus...
verás meu rosto ao ver o sol partir-se em em fragmentos de gente
sobre os espelhos das casas

Construí essa cabeça tocando a tua cabeça,
a cabeça de Gandhi, a cabeça de John Lennon...

Veja que minha cabeça é a tua cabeça...
e a tua cabeça é a minha...
afundando nos mecanismos do mar,
no mecanismo que move em nossa pulsação os corpos dos planetas

(edu planchêz)




quinta-feira, 3 de março de 2011

sorvete de morango coco




Olhei para o chão e vi a palavra besouro verter-se na palavra canário...
com a palavra canário entre os fios do que penso, teci uma rede,
uma camisa e um lençol

desço da cena, desço do tempo e vou dormir enquanto o sorvete de morango coco
se verte em energia nos dínamo potentes de meu corpo


(edu planchêz)